Tomando grandes decisões e considerando suas consequências

Escrito por Isabella Gresswell • Tradução por Júlia Livio Amaral

30 de julho 2025

Nossas uvas! Amadurecendo antes do esperado!

Ainda me perguntam “Você voltaria para a medicina?” Surpreendentemente, ou talvez não, me perguntam isso com frequência, até mesmo as pessoas as quais já conversei sobre os meus motivos para largar a carreira. Foi uma GRANDE decisão abandonar uma carreira tão próspera e respeitada. E não foi uma decisão que tomei tranquilamente. Na realidade, foram aproximadamente seis meses sem dormir e com uma ansiedade paralisante, tudo em torno da decisão que eu queria tomar. Mas tomei a decisão e larguei a medicina. Sou muito mais feliz e mais saudável agora. Não pretendo exercer a medicina novamente.

No entanto, estou me aprofundando novamente no mundo da medicina! Recentemente, fiz um curso sobre como ensinar inglês para a medicina. Foi um curso de oito semanas, e nas primeiras semanas abordamos o lado médico das coisas. Parecia que euestava de volta aos dois primeiros anos da minha faculdade, aprendendo a checar o histórico do paciente e descobrindo sobre a etiqueta à beira do leito. Tenho que dar certo crédito à minha faculdade;  nos ensinaram bastante sobre comunicação na área de saúde. Mas agora estou olhando do ponto de vista de uma professora de inglês e definitivamente tem muito mais que pode ser ensinado, mas primeiro eu preciso aprender!

Estou gostando da experiência! Eu estava um pouco relutante em me aprofundar nesse nicho por conta da falta que eu poderia sentir da medicina. Mas não acho que será um problema. Estou adorando dar aulas e realmente estou amando minha vida aqui em Portugal. Amo nossa casa. Adoro nossos projetos criativos. Eu não teria tempo, motivação, saúde mental ou energia para fazer nada disso se eu ainda estivesse trabalhando como médica. E eu não abriria mão dessa vida pela medicina. Hoje posso respirar. Não somente respirar, mas posso respirar o ar puro do campo! Posso passar noites e finais de semana pintando e cuidando do jardim, e esse tempo é garantido. Não trabalho em horários de plantão e não trabalho em horários irregulares, sem hora marcada para acabar. Eu decido quando tiro minhas férias. É uma benção ter essa flexibilidade e autonomia.

Quando finalmente tomei a decisão de abandonar a medicina, comecei a fazer terapia, porque sabia que iria precisar. Na  primeira sessão, lembro de ter falado com a terapeuta  que sentia que não tinha controle sobre minha vida na medicina. E sinceramente, não era apenas um sentimento. Muita coisa na minha vida era determinada por rotas de trabalho, locais de trabalho indefinidos e classificações. Muito disso foi por acaso, sorte ou decisão de outra pessoa. Eu odiava isso. Odeio só pensar nisso. Mas hoje recuperei o controle sobre a minha vida. Escolho onde quero viver, escolho minha agenda e escolho o que quero fazer com as  minhas noites e meus  fins de semana. Parece libertador porque é  libertador.

Estou tão feliz com a minha escolha. Estou tão feliz aqui.

Se isso repercutiu em vocês, entrem em contato se vocês se sentem presos. Podemos conversar sobre isso, posso te guiar a  recursos que podem te ajudar. A vida não precisa ser pré-determinada, previsível e fora do nosso controle. Não está escrito em pedra, mas cabe a vocês fazer a mudança. Pode ser assustador, mas é possível. As pessoas podem sim abandonar a área da saúde.

Não estou tentando encorajar todos a abandonarem a área da saúde, mas acho importante que aqueles que se sentem presos possam ver uma saída.





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